Um acústico diferenciado
Emílio Pacheco (International Magazine)
O visual da capa e do encarte já mostram a que veio esse "Pós-acústico" de Eduardo Braga. O primeiro trabalho solo do ex-vocalista do BR6 e outros grupos vocais não deve ser confundido com os covers acústicos tipo "caça-níquel". A parte instrumental foi muito bem trabalhada e nada menos do que 39 instrumentos são listados e ilustrados na parte de dentro da caixinha do CD. A produção conjunta de Braga com Márcio Menescal e o percussionista João Bani resultou numa rica mistura de violas e percussão. Esse disco surgiu de forma espontânea, a partir da troca de idéias de músicos em um grupo de discussão na Internet. Com a participação de uns e o incentivo de outros, o "Pós-acústico" finalmente tomou forma. |
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O visual da capa e do encarte já mostram a que veio esse "Pós-acústico" de Eduardo Braga. O primeiro trabalho solo do ex-vocalista do BR6 e outros grupos vocais não deve ser confundido com os covers acústicos tipo "caça-níquel". A parte instrumental foi muito bem trabalhada e nada menos do que 39 instrumentos são listados e ilustrados na parte de dentro da caixinha do CD. A produção conjunta de Braga com Márcio Menescal e o percussionista João Bani resultou numa rica mistura de violas e percussão. Esse disco surgiu de forma espontânea, a partir da troca de idéias de músicos em um grupo de discussão na Internet. Com a participação de uns e o incentivo de outros, o "Pós-acústico" finalmente tomou forma.
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O repertório é todo de músicas conhecidas, entre sucessos nacionais e estrangeiros. Das cinco faixas cantadas em inglês, "Mercy Street", de Peter Gabriel, é de longe a melhor. Braga parece incorporar o intérprete original, com um belo reforço de "backing vocals". É um dos pontos fortes do CD. Mas "A Horse With No Name" (do America), "Do It Again" (de Steely Dan), "California Dreamin'" (de The Mamas and The Papas) e "You Are The Sunshine of My Life" (de Stevie Wonder, aqui com destaque para a participação de Roberto Menescal), embora também bonitas, não chegam aos pés da cover de Gabriel. O formato "acústico em inglês com sotaque brasileiro", infelizmente, está desgastado. Por mais que os arranjos de "Pós-acústico" em nada lembrem as produções massificadas que chegam regularmente às lojas, sempre existe a questão da pronúncia.
Para quem ficou tanto tempo somando sua voz à de outros, Braga parece experimentar diversos registros e estilos, tentando achar o seu melhor vocal solo. Ele acerta em cheio quando canta em tons mais altos, que valorizam seu timbre. Aí, sim, ouvem-se versões mágicas de "Clube da Esquina Nº 2", "Amor de Índio", "Palco" e "Manuel, o Audaz", essa última com participação de Maurício Gouvea – ele mesmo, colaborador do IM, tocando violão numa composição de seu ídolo Toninho Horta. Essas quatro faixas mais "Mercy Street" já valem o CD, que tem ainda "Trilhos Urbanos", "Samurai", "Alô Alô Marciano" e "Nada Será Como Antes". O lançamento é do selo Albatroz, com distribuição da Sony-BMG.
Para quem ficou tanto tempo somando sua voz à de outros, Braga parece experimentar diversos registros e estilos, tentando achar o seu melhor vocal solo. Ele acerta em cheio quando canta em tons mais altos, que valorizam seu timbre. Aí, sim, ouvem-se versões mágicas de "Clube da Esquina Nº 2", "Amor de Índio", "Palco" e "Manuel, o Audaz", essa última com participação de Maurício Gouvea – ele mesmo, colaborador do IM, tocando violão numa composição de seu ídolo Toninho Horta. Essas quatro faixas mais "Mercy Street" já valem o CD, que tem ainda "Trilhos Urbanos", "Samurai", "Alô Alô Marciano" e "Nada Será Como Antes". O lançamento é do selo Albatroz, com distribuição da Sony-BMG.
Muito além do banquinho & violão
Toninho Spessoto é jornalista, radialista e produtor musical
O cantor Eduardo Braga, (ex)integrante do grupo vocal BR6, propõe neste seu primeiro disco solo uma interessante questão: é possível fazer música acústica sem cair na surrada fórmula que o mercado fonográfico tratou de saturar? A resposta é afirmativa. Com criatividade e competência, Braga fez um disco acústico fugindo de todo e qualquer convencionalismo que o formato propõe. Co-produzido por Eduardo Braga, Márcio Menescal e pelo percussionista João Bani, o CD é uma cativante viagem musical. O repertório inclui clássicos da MPB e standards pop. As canções nacionais têm por vezes a estética rítmica deliciosamente subvertida, o que resulta em novas sonoridades. Já os hits internacionais adquirem sabores brasileiros. |
Entre os temas, Palco (Gilberto Gil), Clube da Esquina no.2 (Milton Nascimento/Lô Borges/Márcio Borges), Amor de Índio (Beto Guedes/Ronaldo Bastos), Trilhos Urbanos (Caetano Veloso), Mercy Street (Peter Gabriel), Do It Again (do duo Steely Dan, formado por Donald Fagen e Walter Becker) e You Are The Sunshine Of My Life (Stevie Wonder), esta com participação de Roberto Menescal ao violão.
Eduardo Braga canta bem, não complica as harmonias, o trabalho soa leve e de audição prazerosa. É acompanhado por João Bani (percussão), Alexandre Brasil (baixo acústico), Marcelo Manes (gaita), Simô (violão), Sérgio Galvão (sax), Cláudio Bezz (violão), Maurício Gouvêa (violão) e Chico Soares (backing vocals). O título, Pós-Acústico, não poderia ser mais adequado. Supõe, sem maiores pretensões, uma revisão e transformação do gênero. E consegue.
Fonte: http://jc.uol.com.br/2006/07/17/not_115364.php
Eduardo Braga canta bem, não complica as harmonias, o trabalho soa leve e de audição prazerosa. É acompanhado por João Bani (percussão), Alexandre Brasil (baixo acústico), Marcelo Manes (gaita), Simô (violão), Sérgio Galvão (sax), Cláudio Bezz (violão), Maurício Gouvêa (violão) e Chico Soares (backing vocals). O título, Pós-Acústico, não poderia ser mais adequado. Supõe, sem maiores pretensões, uma revisão e transformação do gênero. E consegue.
Fonte: http://jc.uol.com.br/2006/07/17/not_115364.php
Lembrei de comentar o show do Eduardo Braga (...)
Tavito é cantor e compositor Saca essas noites perfeitas? Os que já foram viram um espetáculo de encher os olhos e os ouvidos. O Dudu é um músico vigoroso que sabe tirar proveitos máximos de suas violas/violões violados, com um bom gosto de tirar faísca no pericárdio. Um repertório impecável de canções mineiras misturadas e bem batidas com hits oitentistas e setentistas de primeira formaram uma seleção de tirar o fôlego (...) Fosse com outro, o espetáculo poderia dar a impressão de cover, de baileco - mas não com o Dudu. Ótimo no palco, personalíssimo, simpático, nos ganha a todos, todo o tempo, a peteca não roçou o chão uma única vez. Inteligente, buscou o suporte de um grupo que é um show dentro do show. (...) Nos tambores nosso João Bani, o músico de meus sonhos, AR-RA-SAN-DO. Com a habilidade de dois polvos sincronizados, ele reúne o máximo vigor com toda a delicadeza de sua fantástica sensibilidade, coisa rara nessa profissão retumbante por definição. |
Nisso tudo, confirmo minha teoria de que o interesse se estabelece no show e na vida a partir de dados simples e compreensíveis, a partir de verdades não fabricadas e atitudes sinceras. Isso descortina para o espectador um universo muitas vezes mais rico do que a própria arte, expõe o formato e as dobras da alma do artista, única como uma impressão digital.
E não se iludam: Eduardo Braga e esse grupo terão fôlego para emocionar muita gente mais, provavelmente um país inteiro.”
E não se iludam: Eduardo Braga e esse grupo terão fôlego para emocionar muita gente mais, provavelmente um país inteiro.”
Eduardo Braga tocando violão de 12 cordas...
Maurício Gouveia (International Magazine)
“O Eduardo Braga tocando violão de 12 cordas é um negócio sério. "Viajei" dividindo o palco com o super criativo João Bani na percussão. Como é que ele faz tudo aquilo com apenas duas mãos ???
Queria deixar pública minha alegria em estar com o Dudu em seu show e disco (...). Foi realmente maravilhoso beber do astral tão positivo que este cara tem. Além de tudo, canta muito e toca com uma pegada da pesadíssima.
Ouvi-lo tocar e cantar Neil Young e sacadas como "Era menino" (do Beto Guedes, Tavinho Moura e Murilo Antunes) e "Noite sem luar" (Godofredo Guedes) foi demais. Sucesso demais na estrada !!”
Maurício Gouveia (International Magazine)
“O Eduardo Braga tocando violão de 12 cordas é um negócio sério. "Viajei" dividindo o palco com o super criativo João Bani na percussão. Como é que ele faz tudo aquilo com apenas duas mãos ???
Queria deixar pública minha alegria em estar com o Dudu em seu show e disco (...). Foi realmente maravilhoso beber do astral tão positivo que este cara tem. Além de tudo, canta muito e toca com uma pegada da pesadíssima.
Ouvi-lo tocar e cantar Neil Young e sacadas como "Era menino" (do Beto Guedes, Tavinho Moura e Murilo Antunes) e "Noite sem luar" (Godofredo Guedes) foi demais. Sucesso demais na estrada !!”